Hipotireoidismo na gravidez: riscos para a mamãe e o bebê

Hipotireoidismo na gravidez: riscos para a mamãe e o bebê

A tireoide é uma glândula essencial para o bom funcionamento do nosso organismo. E para as futuras mamães, ela é ainda mais importante, já que a produção de hormônios tireoidianos pode afetar tanto a gestante quanto o bebê. Se não for tratado, o hipotireoidismo na gravidez pode trazer consequências como aborto, parto prematuro e problemas neurológicos e cognitivos para o feto.

Por isso, é importante que tanto as mulheres que estão tentando engravidar quanto as que descobriram que estão grávidas façam exames de check-up para avaliar a saúde da tireoide.

O que é o hipotireoidismo?

Mas, antes de falar sobre as consequências das doenças da tireoide para grávidas, é preciso entender o que elas são.

A tireoide é uma glândula no formato de uma borboleta que fica localizada na região do pescoço. Ela é responsável por produzir os hormônios triiodotironina (T3) e tiroxina (T4), que atuam, basicamente, regulando processos em todo o nosso organismo. É como um maestro de uma orquestra, que dá o ritmo para que todos os músicos toquem seus instrumentos em harmonia.

O hipotireoidismo acontece quando a tireoide tem uma queda na produção de T3 e T4, e o corpo acaba recebendo menos quantidade de hormônios do que ele precisa. Estima-se que 18 milhões de brasileiros têm a condição, e 25% dos pacientes não tratam o problema da forma adequada – o que pode trazer consequências graves para a saúde.

No geral, não fazer o tratamento para o hipotireoidismo pode resultar em complicações como hipertensão, elevação de colesterol e triglicerídeos, depressão e problemas cardiovasculares.

Além disso, a produção insuficiente de hormônios T3 e T4 pode afetar o ciclo menstrual das mulheres, fazendo com que a ovulação seja irregular ou até inexistente. Com isso, fica mais difícil conseguir engravidar.


Riscos do hipotireoidismo na gravidez

O hipotireoidismo na gravidez afeta tanto a mãe quanto o bebê.

Para a gestante, a disfunção hormonal pode acabar causando anemia, placenta prévia (quando a placenta cobre a abertura do colo do útero), pré-eclâmpsia e trazer mais chances de um parto prematuro ou hemorragia após o parto.

Quanto ao neném, o maior problema é o desenvolvimento cerebral. Isso porque, durante as 12 primeiras semanas de gestação, o feto depende dos hormônios da tireoide da mãe para desenvolver seus órgãos. Se a paciente não produz o suficiente, o bebê pode ter consequências irreversíveis, como alterações neurológicas, diminuição do quociente de inteligência (QI) e atraso ou deficiências mentais.

A boa notícia é que o hipotireoidismo tem tratamento – e ele é bem simples.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico do hipotireoidismo na gravidez é feito através de um exame de sangue para avaliar a quantidade de hormônios TSH, T3, T4 e anticorpos tireoidianos no corpo.

Na maioria dos casos, a gestante já sabe que tem o problema antes de engravidar, mas também pode acontecer da mulher descobrir ou desenvolver a condição depois de grávida.

O tratamento é feito com um remédio que serve para fazer a reposição hormonal que a tireoide não consegue produzir, e não representa nenhum tipo de risco para o bebê. No caso de pacientes que já fazem uso da medicação antes de engravidar, a dose deve ser aumentada para suprir também a necessidade do feto.

Portanto, é fundamental consultar um obstetra e um endócrino assim que a gravidez estiver sendo planejada ou quando ela for descoberta. Com a condição controlada e o corpo recebendo a quantidade certa de hormônios, a gestação ocorre de forma muito mais segura.

 

Sintomas do hipotireoidismo

Os principais sintomas de uma pessoa com baixa produção de hormônios tireoidianos são:

  • Cansaço e sonolência excessivos;
  • Dificuldade de concentração e memória fraca;
  • Aumento de peso sem causa aparente;
  • Unhas fracas e quebradiças;
  • Pele seca;
  • Queda de fios e cabelo mais seco;
  • Depressão.

Infelizmente, o hipotireoidismo não tem prevenção. Mas, um diagnóstico e um tratamento precoce trazem muita qualidade de vida para o paciente, que tem os níveis hormonais totalmente regulados com ajuda da medicação.

Então, se você acha que está com o problema, não deixe de consultar um médico! Se precisar de ajuda, conte conosco!

 

 

 

Dr. Jean Carl Silva - Obstetra Joinville

Dr. Jean Carl Silva - Ginecologista e Obstetra - CRM 5344 | RQE 1341

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