História de um médico ginecologista e obstetra
Nasci e cresci em Joinville.
Como todo adolescente estava todo perdido quanto ao futuro, em uma aula de biologia sobre bactérias descobri o futuro, biologia, rapidamente corrigido pelo professor “Vá fazer medicina guri, aí você ajuda mais gente”, e medicina pareceu uma direção lógica.
Entrei na medicina com 17 anos, um guri, logo o curso cobrou um preço alto, abrir mão dos encontros com amigos, da praia, em fim da adolescência.
Desistir era o caminho mais acertado, ao final das contas, na medicina se estuda um monte, não se sabe nada, o sofrimento humano é companhia permanente.
Não tive dúvida, fui para casa e anunciei minha desistência, resposta do meu pai “ok, volte para casa e vamos procurar emprego”, nossa, a alternativa era pior. Resolvi deixar passar o verão para desistir, porém iniciou a matéria de ginecologia e obstetrícia, que maravilha, uma especialidade cheia de alegria e vínculo afetivo, tudo de bom. Fui a Porto Alegre, no hospital Nossa Senhora da Conceição, terminar minha formação, lá descobri a gestação de alto risco.
Além do vínculo afetivo, da alegria, encontrei a gratidão imensa de um casal em dificuldade que consegue seu bebê. Nos tornamos uma espécie de membro da família, um tipo de tio especial.
Me sinto um privilegiado em minha profissão.
História de um pesquisador
Chegando na centena de artigos publicados, sempre pensando em solução de problemas, nosso grupo cresceu. Alguns artigos bem básicos, apenas para estimular os alunos. Outros mais elaborados, colocando o grupo de pesquisa da maternidade Darcy Vargas em evidência mundial, com publicação na revista da sociedade mundial de ginecologia e obstetrícia, e sendo replicado pela sociedade mundial de saúde materno infantil, recomendando o uso em maternidade escola. Melhorando a qualidade do atendimento e os resultados das gestantes e seus bebês.
Sem um grupo não vamos longe. Um abraço as pessoas que colaboram com a pesquisa.
História de um professor de medicina
É ensinando que se aprende, nessa máxima resolvi fazer mestrado para dar aulas para curso de medicina da Univille, e já se passam 20 anos. Já era preceptor na residência médica de ginecologia e obstetrícia da maternidade Darcy Vargas.
Minha primeiras aulas foram horrorosas, parecia fácil, bastava reproduzir o que se viu em muitos anos como aluno. Pessoal existe um curso de pedagogia, 5 anos para se tornar professor.
Depois de bater muito a cabeça, muita leitura, veio o doutorado em São Paulo, e se fez a luz. Mudei o foco, o aluno se tornou o centro, sempre me questionando o que faço para conseguir a atenção deles. Alguns colegas professores reclamavam as vezes da falta de atenção dos alunos, sempre relacionei essa falta a qualidade de nossa aula.
Não foi fácil, não é fácil, mas é muito prazeroso ver esses guris/as se transformando de adolescentes a excelentes profissionais. Certo dia fui fazer um procedimento e me veio uma ex-aluna perguntando se eu me importava dela me anestesiar. “Claro que me importo!!!! Fico super feliz”.
Um abraço aos ex-alunos.
Formação Acadêmica
- Graduado em Medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina
- Residência Médica no Hospital Nossa Senhora da Conceição - Porto Alegre
- Mestrado em Saúde e Meio Ambiente - Universidade da Região de Joinville
- Doutorado em Ciências Médicas - Universidade Federal de São Paulo
- Professor da Graduação de Medicina - UNIVILLE
- Professor do Pós-Graduação, Mestrado e Doutorado, em Saúde e Meio ambiente - UNIVILLE
- Preceptor da Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia - Maternidade Darcy Vargas
- Coordenador do Serviço de Gestação de Alto Risco da Maternidade Darcy Vargas e Centro Hospitalar Unimed
- Membro representante da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia em Hiperglicemia e Gestação junto ao Ministério da Saúde