Pré-natal: gravidez bem assistida do início ao fim

Midsection of doctor performing ultrasound on pregnant woman in clinic

A descoberta da gravidez dá início a uma transformação em sua vida. Não importa se ela foi programada ou no susto, a verdade é que nada mais será como antes: dentro de você, cresce uma nova vida, que trará mudanças no seu corpo, no seu dia a dia, nas suas prioridades e na sua forma de olhar o mundo.

Uma mudança assim, precisa ser guiada com muito cuidado não é verdade? Por isso, quero conversar com você sobre a importância do pré-natal, que é um conjunto de cuidados que visa a garantir a sua saúde e o bom desenvolvimento do seu bebê.

A primeira coisa a fazer após a confirmação da gravidez é marcar uma consulta com o ginecologista obstetra para iniciar o pré-natal. Nos meses que vão se seguir, a medida em que a gravidez for evoluindo, o médico vai esclarecer todas as suas dúvidas sobre a gestação e sobre o parto, além de pedir exames para verificar se está tudo bem com você e seu bebê.

Esses cuidados permitem o desenvolvimento saudável da criança, garantido o melhor estado de saúde possível para mãe e bebê no momento do parto.

Também reduz o número de nascimentos prematuros, e evita cesarianas desnecessárias, nascimento com baixo peso, complicações com hipertensão arterial, e transmissão vertical de patologias (de mãe para feto).

 

Antes de engravidar, preciso me preocupar?

Se a sua gravidez for planejada, melhor. Por quê? Porque você pode tomar alguns cuidados que vão ajudar muito no bom desenvolvimento da gestação. Antes de abandonar o método contraceptivo, escolha um obstetra e marque uma consulta para fazer um check-up pré-gravidez, que envolve exames, vacinas e até perda de peso quando necessário. Sim, gestante acima do peso é considerada de alto risco.

Nessa consulta, o médico irá abordar o seu histórico de saúde, vai verificar se as vacinas estão em dia, conversar sobre medicações de uso contínuo, além de hábitos de vida, atividade física, consumo de álcool e tabagismo. O profissional vai fazer uma avaliação completa, para orientá-la e solicitar exames que vão detectar patologias que podem representar riscos.

Por exemplo, importantíssimo conferir se você está com o calendário de vacinas em dia, principalmente quando se pensa em rubéola, HPV e hepatites A, B ou C, elas são muito importantes. Durante a gestação, certas vacinas não podem ser aplicadas, como a tríplice viral (rubéola, caxumba e sarampo). A de febre amarela também é contraindicada. O ideal é aplicá-la antes.

Você que sofre de asma, depressão, epilepsia ou hipertensão necessita, muitas vezes, regular ou mesmo mudar os medicamentos, pois alguns são contraindicados na gestação. Todos esses problemas podem ser contornados com uma consulta antes da gravidez.

Eu também costumo recomendar o uso de ácido fólico, que é uma vitamina do complexo B. O ideal é começar a ingestão assim que iniciarem as tentativas para engravidar. Ele é importante para um bom desenvolvimento fetal e formação do tubo neural, além de atuar na prevenção da anemia.

E tem mais um profissional que aconselho a visita: vá ao dentista. A saúde bucal tem que ser avaliada, pois a gengivite pode desencadear bebês prematuros e de baixo peso.

Quantos cuidados, não é mesmo? Como você pode perceber, há um caminho a ser trilhado antes do seu bebê chegar à barriga. Da falta de uma simples vacina até a descoberta de um problema de saúde pré-existente, são fatores que não devem ser ignorados quando falamos em gerar uma nova vida.

 

Estou esperando um bebê. O que faço?

Depois de festejar o resultado positivo, os cuidados recomeçam imediatamente – ou começam, se você não fez o acompanhamento inicial com o obstetra. É hora de dar a largada na segunda etapa do pré-natal. E ele é de suma importância, pois vai culminar com o nascimento do bebê. A saúde dele – e a sua – será determinada pelo o que acontecer durante o acompanhamento.

O Ministério da Saúde preconiza o mínimo de seis consultas.  Eu considero ideal a realização de uma consulta por mês com o obstetra até o sétimo mês de gestação. Depois, esses encontros passam a ocorrer a cada 15 dias. No nono e último mês, o bom é ter encontros semanais.

Em cada consulta, o obstetra vai fazer exames clínicos, como a verificação dos batimentos cardíacos do bebê, da pressão arterial, dos sinais de inchaço, da altura uterina e do peso da paciente. Também importa avaliar o seu estado geral, quais queixas traz às consultas, como enjoo, azia, dor nas costas, varizes e cãibras, por exemplo, esclarecendo todas as dúvidas e oferecendo as soluções necessárias.

 

Preciso fazer muitos exames?

Ao longo das 40 semanas de gestação, é comum a solicitação de exames de ultrassom e de sangue.  Entre os laboratoriais, os mais comuns são hemograma, o de controle de glicemia, afastando risco de diabetes gestacional, e também verificação de doenças infectocontagiosas, como sífilis, toxoplasmose, hepatites B e C, rubéola e HIV.  São doenças que se não diagnosticadas podem levar sequelas para os bebês.

Problemas fetais, como a malformação, também podem ser detectados no pré-natal. Alguns deles, em fases iniciais, permitem o tratamento intrauterino, que proporciona ao recém-nascido uma vida normal.

Logo no começo do pré-natal, é importante fazer um ultrassom que avalie onde está ocorrendo essa gestação, se ela realmente está dentro do útero, qual a idade gestacional do feto e se há mais de um bebê. Entre as semanas 11 e 14 é feito um morfológico, que avalia como está o desenvolvimento da criança. Entre as semanas 20 e 24 é a vez de avaliar a formação de órgãos importantes como rins, coração e pulmões. No último mês, é hora de fazer avaliação geral do pré-natal e solicitações de ultrassom conforme a necessidade de cada um.

 

Pré-natal: gravidez bem assistida do início ao fim

Meu bebê sem doenças

Pode parecer excesso de cuidado, mas não é. Quando doenças não são prevenidas e tratadas podem afetar o bebê, gerar o parto prematuro, sequelas e até o óbito fetal. Doenças hipertensivas, por exemplo, podem restringir o crescimento. No lado oposto, a diabetes gestacional pode causar a macrossomia fetal, que são bebês que crescem muito, e acarreta em outros problemas para eles.

Não me canso de repetir: é preciso fazer o pré-natal para monitorar esses fatores que impactam diretamente na saúde da mãe, do bebê e sua infância. Aliás, vale ressaltar que o pré-natal pode ser dividido em de risco habitual e o de alto risco.

O de risco habitual é quando você não apresenta nenhum tipo de comorbidade (duas ou mais doenças simultâneas) ou doença que possa se agravar no período da gestação. Já o de alto risco é adotado se você tiver – ou desenvolver durante a gravidez – algum fator patológico que pode afetar diretamente a gestação, por exemplo, mulheres que já são hipertensas. Nessa fase elas precisam de um acompanhamento de alto risco, de um cuidado mais especializado.

 

Conte com a nossa ajuda

As mortalidades materna e fetal estão diretamente ligadas à qualidade do pré-natal. Por isso, você não pode deixar esses cuidados de lado. O grupo Gênesis Obstetrícia está aqui para dar todo suporte a você, com muito carinho e atenção. Se estiver grávida ou pensando em ter um bebê, agende uma consulta.

Conte conosco para uma gravidez tranquila e cheia de alegria!

Dra. Helga Pavan - Obstetra e Ginecologista Joinville

Dra. Helga Oliveira Pavan | Ginecologista e Obstetra - CRM 16791 | RQE 125749

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