Conheça os principais tipos de incontinência urinária

Conheça os principais tipos de incontinência urinária

Provavelmente você já ouviu alguma história ou viu em um filme aquela cena clássica de uma pessoa rindo tanto que acaba fazendo xixi nas calças. Parece engraçado e acontece de vez em quando. Mas você sabia que isso tem chance de ser um problema chamado incontinência urinária?

A perda involuntária de urina não aparenta ser uma questão grave, mas, se não for tratada, pode trazer consequências para a saúde e prejudicar bastante a qualidade de vida do indivíduo, além de termos uma piora progressiva.

Infelizmente, esse quadro é mais comum do que se pensa: segundo um estudo feito pelo Instituto Ipec (Inteligência e Pesquisa e Consultoria) em parceria com a Bigfral, 30% dos brasileiros sofrem com o problema. Entre as mulheres, esse número cresce para 68%.

O pior é que, muitas vezes, a condição acaba sendo silenciosa, já que a imensa maioria das pessoas têm vergonha de falar sobre o assunto. Dos entrevistados, 89% responderam que se sentem envergonhados por terem incontinência, e 91% afirmaram que ela afeta sua qualidade de vida.

Por isso, é muito importante desmistificar e entender mais sobre a incontinência urinária. Vamos explicar melhor esse distúrbio – que não acomete só pessoas mais velhas, viu?

O que é incontinência urinária

A incontinência urinária ocorre por uma disfunção na musculatura que sustenta a bexiga dentro do corpo. Por conta dessa fraqueza muscular, o paciente começa a não conseguir mais segurar o xixi. Durante o climatério/menopausa, essa condição se agrava pela deprivação hormonal ocasionando a síndrome geniturinária que intensifica a incontinência urinária de esforço.

Diferente do que muitas pessoas podem pensar, a incontinência urinária não acontece apenas quando há perda de grandes quantidades de urina, e sim quando existe qualquer tipo de escape involuntário.

Essa condição é mais comum entre as mulheres a partir dos 40 anos, mas também pode acontecer entre gestantes, homens e pessoas mais jovens.

Tipos e níveis de incontinência

Existem três tipos principais de incontinência urinária:

  • Por esforço

É a que acontece quando algum movimento (como levantar peso, tossir, espirrar ou até rir) aumenta a pressão sobre a região do abdômen e causa a perda de urina. Isso ocorre porque o suporte muscular está enfraquecido, então ele não consegue “comprimir” a uretra para impedir o escape.

  • Por urgência

Nesse caso, as contrações normais, que ajudam a expulsar o xixi, funcionam de forma involuntária. Assim, o paciente tem uma vontade repentina e urgente de urinar, sem a capacidade de segurar até chegar ao banheiro. Isso também pode acontecer durante a noite, prejudicando a qualidade do sono.

  • Mista

Quando a incontinência ocorre tanto por esforço quanto por urgência.

Também é possível classificar a incontinência urinária por graus de perda urinária. São eles:

  • Leve

Quando a perda de urina é em poucas quantidades e de forma esporádica.

  • Moderada

Escapes mais frequentes e em quantidade suficiente para ser preciso usar algum tipo de proteção nas roupas.

  • Intenso

Perda de grande quantidade de urina, com possíveis vazamentos, frequentemente.

O que causa a incontinência urinária?

A incontinência urinária pode acontecer por alguns motivos. Os principais estão relacionados à musculatura do assoalho pélvico. Sua força fica comprometida em situações como a gravidez, o parto ou a menopausa.

Além disso, algumas doenças que comprimem a bexiga (como mioma, tumores, obesidade ou quadros pulmonares obstrutivos) podem levar à uma perda involuntária de urina.

Infecções na bexiga ou na uretra também são possíveis causas para a incontinência, assim como a bexiga hiperativa, que surge quando o órgão não recebe corretamente os sinais nervosos transmitidos pelo cérebro.

Nos idosos, a incontinência é mais comum porque a musculatura do assoalho pélvico fica enfraquecida naturalmente devido à idade e às comorbidades associadas. Com isso, a micção se torna mais constante e incompleta.

Somado a isso, algumas doenças como diabetes e hipertensão são fatores de risco para a incontinência urinária, porque alteram as conduções nervosas para a bexiga.

Incontinência urinária tem tratamento?

A boa notícia é que, sim, a incontinência urinária tem tratamento!

O primeiro passo é buscar um profissional habilitado para a adequada identificação e avaliação – ginecologista/urologista, que irá avaliar o grau e o tipo da condição para prescrever o tratamento mais indicado: fisioterapia pélvica e tecnologias que tratam esta condição – laser vaginal e cadeira de onde eletromagnética.

Isso pode incluir algumas ações como a micção programada (que é obedecer horários e padrões para fazer xixi), o treinamento da bexiga, a ingestão distribuída de líquidos ao longo do dia e o uso de medicamentos, além de uma mudança de dieta e estilo de vida. Tecnologias que auxiliam na melhora dessa musculatura de assoalho pélvico e core abdominal que se encontram enfraquecidas, bem como o laser para tratamento da atrofia urogenital também são chaves preciosas para o tratamento desta condição.

Mas, caso o nível de incontinência seja muito alto e os tratamentos não resolvam significativamente esta condição, temos ainda a opção de tratamento cirúrgico.

Prevenindo a incontinência urinária

A incontinência, por si só, não chega a causar riscos severos para a saúde. Porém, o problema frequentemente reduz a qualidade de vida do paciente incontinente, que acaba se isolando por vergonha e medo de ter escapes e vazamentos de urina.

Os idosos acabam sofrendo ainda mais riscos, já que uma corrida para o banheiro pode acarretar em uma queda, que pode resultar em fraturas e ferimentos.

Por isso, é importante pensar também na saúde da sua bexiga! Alguns hábitos que parecem inofensivos, como prender o xixi por muito tempo (ou fazer toda hora) podem alterar a função da bexiga.

Ter um estilo de vida pouco saudável, sem ingestão de água e com consumo excessivo de álcool, refrigerantes, açúcar e carboidratos também alteram essa função. Atividade física regular com exercícios específicos para manter essa musculatura do assoalho pélvico bem condicionada também se faz imprescindível.

Ficou com alguma dúvida sobre esse assunto? Agende uma consulta conosco! Tanto eu Dra. Vanessa Engelmann como a Dra. Helga Pavan, podemos te ajudar.

Ginecologista Joinville

Dra. Vanessa Engelmann | Ginecologista - CRM 14930 | RQE 10329

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